A medicina vem evoluindo ao longo dos anos, em seus tratamentos e procedimentos, tudo para garantir a cura e qualidade de vida para seus pacientes.
Porém com o passar do tempo tratamentos complementares a prática convencional começaram a se difundir e a trazer benefícios para os que usavam. Assim existem diversas vertentes desse tipo de abordagem e uma delas tem ganhado cada vez mais adeptos, além do respaldo da própria Organização Mundial da Saúde (OMS): a Medicina Integrativa.
Mas afinal, o que é a Medicina Integrativa?
O nome dessa prática já explica seu significado: é uma modalidade de medicina que busca integrar todos os aspectos do paciente (físicos, emocionais e mentais). Seu propósito é descobrir a causa de certas doenças e o melhor tratamento para possibilitar sua cura a partir de uma análise mais ampla da saúde do indivíduo.
Para que isso seja possível, essa prática conta com evidências e abordagens terapêuticas que devem ser adequadas para cada caso. A ideia é desenvolver uma parceria eficiente entre diversos profissionais de saúde e o paciente.
Para que ele seja acompanhado de maneira completa, um time de profissionais é envolvido no tratamento. Todos trabalhando juntos na elaboração de estratégias para melhorar a qualidade de vida do indivíduo de maneira geral, não apenas direcionando toda a atenção à doença em si.
Na medicina integrativa, médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros trabalham em conjunto e todos os seus conhecimentos são considerados no atendimento.
O paciente, por sua vez, passa a ser agente em seu próprio tratamento, deixando de recebê-lo passivamente e atuando como mantenedor de sua própria saúde. Ou seja, a saúde passa a ser, também, sua responsabilidade individual, levando em conta o compromisso em seguir com todas as etapas do tratamento proposto.
O conceito da Medicina Integrativa defende que essa interdisciplinaridade é essencial para que o paciente possa ser tratado sob todos os aspectos. É preciso utilizar como ferramentas a medicina tradicional em conjunto com práticas de relaxamento, atenção plena, meditação, uso de fitoterápicos, yoga, mudanças na alimentação, exercícios físicos entre outras.
Tudo deve ser proposto em prol da cura do paciente, sempre, é claro, baseando-se em evidências em relação a sua eficácia e segurança, promovendo mais qualidade de vida para a pessoa.
No Brasil começaram a se difundir com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PIC) em 2006. Hje o SUS já busca fazer um atendimento bem mais integrado.
Princípios da Medicina Integrativa:
– Parceria entre paciente e profissionais de saúde – todos comprometidos com o engajamento no tratamento;
– A saúde deve ser vista como resultado de diversos fatores: físico, mental, emocional e social, capacitando o paciente para que seja ativo em seu tratamento e engajado com a própria vida;
– A saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim como o equilíbrio da vida do paciente;
– O uso apropriado de terapias baseadas na medicina tradicional é imprescindível para auxiliar o processo de cura;
– O paciente terá suas decisões e opiniões consideradas no tratamento;
– O plano de tratamento é compartilhado entre todos os profissionais de saúde envolvidos, de maneira que todos integrem suas especialidades no atendimento do paciente, bem como suas abordagens terapêuticas;
– Cada paciente recebe uma estratégia de tratamento individualizada, baseado em suas necessidades e modo de vida;
– O plano de tratamento é dirigido não apenas para a doença em si, mas assiste a pessoa em sua totalidade, abordando todos os aspectos da enfermidade e sua cura;
– Os pacientes devem receber orientações para reconhecer e administrar fatores estressantes;
– O uso de métodos terapêuticos naturais deve ser priorizado sempre que possível;
– A promoção da saúde e a prevenção de enfermidades são enfatizadas no tratamento, utilizando conceitos testados cientificamente para essa finalidade;
– Abordagem transcultural e interdisciplinar para estabelecer o processo de autoconhecimento e desenvolvimento do paciente;
– Reconhecer e abordar no plano de tratamento as influências ambientais e sociais que podem interferir tanto na enfermidade quanto na cura;
– Aplicar na medicina uma abordagem aberta à investigação e novos paradigmas.
– A compreensão que para ter saúde é necessário fazer uma mudança no estilo de vida, visando uma alimentação, a prática de exercícios físicos adequados para cada tipo de paciente, além de ter um sono reparador.
É nesse tratamento holo-sistêmico que eu acredito e busco para meus pacientes.